Biodiesel

Atualmente são desenvolvidos no LHCBio várias pesquisas na área de produção de biodiesel, são elas:
  • Hidroesterificação de óleo de pinhão-manso (Jorge Augusto Mendes Burak, I.C.)
  • Transesterificação de óleo de nabo forrageiro (Aline Nunes, I.C.)
  • Extração de óleo de microalgas (Tatiana Rodrigues da Silva Baumgartner, P.G.)
  • Transeterifação de óleo de microalgas (Tatiana Rodrigues da Silva Baumgartner, P.G. 

Extração do óleo de microalgas

A utilização de fontes alternativas de energia é umas das grandes prioridades atuais. Isso se dá principalmente pela preocupação com o aquecimento global, com a redução da poluição e, juntamente, com o aumento da demanda de energia nos setores de transporte, tem colocado em ênfase no mercado mundial a utilização de combustíveis derivados de fontes renováveis (Ranjan et al., 2010).
Assim, dentro do segmento de combustíveis automotivos, a inclusão de combustíveis renováveis, como o biodiesel e o etanol na matriz energética, é uma alternativa para a dependência com relação ao petróleo e para minimizar as emissões causadoras do efeito estufa (Khalil, 2006; Cartilha Biodiesel-Sebrae, 2008).
Dentre as diversas fontes disponíveis de matéria-prima no Brasil, as microalgas, por serem organismos fotossintetizantes muito eficazes no processo de conversão da energia luminosa em energia química, têm chamado atenção de vários centros de pesquisas, como matéria-prima para a produção de biodiesel (Mandal e Mallick, 2009).
Nas microalgas a maior parte dos lipídios são triacilgliceróis e ácidos graxos livres (Becker, 1994). A extração direta destes lipídios parece ser a metodologia mais eficiente para obter energia destes organismos, do que a fermentação de biomassa algal para produzir metano ou etanol (Oil Production, 2008). Na extração do óleo da biomassa é necessário romper a membrana celular das algas, que pode ser realizado utilizando-se prensas ou extração com solventes. O processode extração com solventes permite um rendimento maior de óleo. Segundo Molina Grima et al. (2003), os solventes mais utilizados são o hexano, etanol, metanol, clorofórmio e éter dimetílico. Dentre os métodos de extração de lipídios empregados por pesquisadores do mundo inteiro, os mais conhecidos e, geralmente, mais efetivos e com melhor rendimento são os que utilizam a mistura clorofórmio e metanol (Tanamati, 2005).
Vários processos de extração de óleo de microalga encontrados na literatura (Miao e Wu, 2006, Zhang et al., 2003, Xiong et al., 2008; Spector et al., 2008, Umdu et al., 2009) utilizam também o extrator Soxhlet e como solvente o hexano, em temperaturas em torno de 80 °C e tempos de até 10 horas. O processo envolve lavagens sucessivas da amostra com o solvente até a retirada de todo o conteúdo lipídico das células. A partir disto, os lipídios são obtidos pela remoção do solvente em evaporadores rotativos.